quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
DESEJO
Força no olhar
do corpo em frágil aspecto
Que produz!
Seduz!
É luz depois da escuridão.
Vivendo em si,
seus Amores e dores
humanos e animais
- seu território sagrado.
Desejo
de cura
(Dê cura!)
Aqui dentro, implora:
Decora!
Dê-cor-a...
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Fernanda de Lima Almada
17 de dezembro de 2014
13:31h
domingo, 16 de novembro de 2014
CÁ-IR
Foi nesse tempo
- há pouco escuridão -
Há muito desejo de ir além da ilusão
Utopia
Maravilha
Encanto e mágica
Há muito desejo de ir além da ilusão
Utopia
Maravilha
Encanto e mágica
Encontro em trágica página
Joguei à intensidade
da liberdade
do alívio
do descanso
e sem o gosto do oriente
fui em frente
de cabeça ao mundo de fantasias
da liberdade
do alívio
do descanso
e sem o gosto do oriente
fui em frente
de cabeça ao mundo de fantasias
Perdi fios e ganhei pontos [d]E Vida.
{Dois anos depois um "tombo bobo de bicicleta"... Dois anos depois de um traumatismo craniano... Dois anos depois de um "hematoma subdural agudo"... Dois anos depois de poder haver "dois anos depois"}.
domingo, 2 de novembro de 2014
Em Vão
Fonte da Imagem: https://www.flickr.com/photos/jonashfurlan/5052284232/in/photostream/
Hoje receberam flores
que morreram para celebrar o remorso
- expressar cada parte do destroço
do coração de quem se empresta
e se presta com vivas aquarelas.
Ironia.
Não viram as cores primaveris
Do céu as gotas não comemoraram
nem os afetos agora tardios
regados a lágrimas que deixaram.
Os corpos não puderam se abraçar
Não houve o fitar dos olhos,
tampouco o cheiro, a voz...
Nós.
Nós de hipocrisia.
Nós em eterna errância.
Lamentando sobre cerâmicas frias
toda não construção de alegria.
Escárnio!
Não sentiram os Amores!
Não hoje.
Não mais.
E hoje quem sente?
Os das fotos nos murais?
Se de novo não falhar
só este que está.
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba/MG
02 de novembro de 2014
23:56h
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
ReEncontro
Olho e admiro
até o espaço que posso alcançar
- horizonte a sentir.
Cada sussurro que consigo ouvir
SOU EU -
Esse todo que me envolve
é um emaranhado de mim.
O movimento que não desiste
- também a contragosto? Quem sabe?... -
É vida que insiste e impulsiona.
ContinuAR...
aMAR.
Ao mar.
Que sua melodia ensurdeça esse grito mudo
e sua brisa eleve o coração que flameja.
Que SEJA
o reflexo do brilho de Lua Cheia em poucas nuvens
iluminAÇÃO
que agora me alcança
me banha
me seca essas lágrimas
...como se não fosse a primeira vez.
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Fernanda de Lima Almada
07 de setembro de 2014
18:47h
Ubatuba/SP - Brasil -> Meu (re)encontro com o Mar.
sábado, 30 de agosto de 2014
EnFIM...
Procuro pelas palavras
que agora só de longe acenam
Minha miopia não enxerga e ressoa:
"Alcançar antes de cansar"
Corro,
já fadigada,
contra o peso dos anos,
- esses fartos enganos -
contra os ventos no espelho
contra a emoção que me falta.
Insisto:
"Ver-me!"
No reflexo:
"Verme"
Instinto...
Não me surpreende a distância
- repugnância -
desses olhos sem brilho de vida
anúncio de partida
do que já não volta
com o próximo crepúsculo vermelho
ou lábio vermelho
- em vão -
Esconderijo do não dito
Túmulo de dor e derrota
da coragem mais covarde
- Sem alarde -
de não escolher "viver ou morrer".
Existir.
Movimento limitado
fadado ao erro, insulto e desvalor.
Estagnar -
Colher sem plantar
o mesmo de ontem, hoje e amanhã
com esse corpo que não mais vê além
não imprime luz, cor e som,
deixou de ser palco dos sonhos,
fantasias delirantes, liberdade...
Triste é assassinar a própria utopia
Personificar ausência de alegria.
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Fernanda de Lima Almada
30 de agosto de 2014
21:13h
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Sobre a vida [e não viver...]
Cheiros amargos e gostos em cor
por luzes estridentes,
sons ofuscantes,
compassos sem harmonia...
Com passos de desilusão.
Lógica? Estética em desrazão.
Sem leveza ou gratidão.
Sem paixão
mais um dia opaco.
É fragmento.
É caco.
Agonia no ar,
no sangue ainda pulsando
nas dores da voz
no ritmo dos músculos.
Vida em túmulo.
Abandonaram-me os prazeres...
ou eu os expulsei
ao desejar demais o impossível
das palavras
dos afetos
do corpo
de ser
do vivo-morto em mim que diz:
"Não há escolha:
- Colha
Dessa vida que não vale nada
e custa caro".
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Fernanda de Lima Almada
13 de agosto de 2014
12:27h
.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
AMARgo
Preenche minha solidão
com o aroma em sequencia melódica
cada gota quente e forte
bailando na cadência da fumaça
que engraça qualquer dor ou desgraça
quando obedece meu sopro em fervor
dissipando essa dor do dia
com o brilho de estrelas foscas
em companhia da lua cheia de fendas
que entrega o ápice da dança
de meu tesouro sem prestígio...
Café, minha poesia líquida,
suas palavras em silêncio dizem
que é preciso beber a vida -
Amar e saborear com gosto -
antes que o tempo lhe tire o calor
e na xícara esquecida e inerte
repousem somente frio e amargor.
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 20 de junho de 2014
17:32h
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Es-curo
Pintaram minha esperança
e não pude escolher as cores
e esses respingos amargos
Carregaram os sorrisos de mel
o olhar azul do monte...
Brilho da criança
- a doce guardiã
dos sonhos de vidro
com cheiro de amanhã...
E a luz que sussurrava o caminho
definhou com o discurso
- mesquinho -
a palavra que não sai da garganta
e planta
no cerne nevrálgico
a próxima e triste desordem...
do rio que corre trágico
mágico
ao fim da melodia desconcertante
mas que conforta
concernente
Sua última página
livremente...
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 18 de junho de 2014
19:46h
http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada
quarta-feira, 4 de junho de 2014
AMor teSe Cura
Sete cordas não tocariam
a intensidade de se ser.
E sete dias não bastariam
o desejo de encontros e viver.
Sete noites não esconderiam
tantas estrelas quanto querer
de força entre nós
Palavras
A sós...
Nesse intervalo humano
sem cor ou expressão
das sete vidas do gato
não reduzindo a um fato
o que não se mede em partilha.
Concede a honra da companhia
tão vazia quanto o ventre
que recusa a ir além.
A quem?
E o vento leva sete anos
nas folhas de um outono frio
às margens rasas do rio
Onde miramos e entregamos...
Por um fio...
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 04 de junho de 2014
16:38h
http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Esquiva no ArreDOR
Partícula invisível toca o ser
e o outro
articula saber
- Encontro sublime -
Estar
entre palavras
olhar e sentir
o dito além do discurso
do curso
forte e infante.
Imersa no instante
sem escudo
escuto
o que poderia ser só silêncio.
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Fernanda de Lima Almada
29 de maio de 2014
00:31
Imagem disponível em:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ4NeW2Os8GYo8axejRxNBGKSyK2B5CsVQL2tzenUyCDhbum97cDM31_pfe4FPEikHP3nJb2QI3TEWKwSnXoQPK3ITmOIZg5EocufzZskny5Da6KeDINvpLkeEUiFchvq0mk8zYePKKXg/s320/Buddha3-3.JPG
terça-feira, 20 de maio de 2014
Que-da
(Imagem: Queda Livre, de Luana Santos.
Disponível em: http://penseforadacaixa.com/wp-content/uploads/2013/07/queda-livre.jpg )
Colo sôfrego -
um manto
um mantra
um canto...
Cala!
Questiona a dor no peito
Inflama o riso
Encerra
é o choro que implora:
- Há de abandonar o que nega
enquanto finge que não e o que vive
Cega.
O vento frio paraliza
O ideal não realiza
- Não enxerga a inocência...
E no vôo livre da lembrança
o cheiro triste do silêncio
d'um caminho sem esperança.
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Fernanda de Lima Almada
20 de maio de 2014
21:32h
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Não é Esse o Frio Que Aconchega
O vento corta o rosto
Dilacera as mãos
- o descoberto.
Descobre o oculto
- o culto -
que esconde
- tentou mascarar -
com sorrisos de falsa esperança
o olhar ignorando a lembrança
e o ato.
Rosto de santa.
Percebe, sente, canta...
Atua
Ninguém vê.
Não se espanta.
Enche o peito de ar
- ardência.
Descobre-se imunda,
inundada de carência; Levanta.
Enrola-se com a mesma manta
de suportar o mesmo frio amanhã.
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Fernanda de Lima Almada
13 de maio de 2014
23:50h
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Distante
O rio’nde codifica
fica.
É fixa
memória imutável
antes de amanhã.
É tempo e imagem
distorção da lembrança
- o fio.
Depois de ontem
o frio.
Cores e texturas
perfumes e azar
Olhar...
Não imagina. Forja!
Foge.
Em segredo
implora.
Hoje é agora.
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Fernanda de Lima Almada
Fernanda de Lima Almada
25 de abril de 2014
23:49h
Uberaba/MG
sexta-feira, 14 de março de 2014
Hoje e Só!
Chora.
Ora.
É hora
Palavra é necessidade
Agora!
Palavra escrita.
Palavra dita é vazia
é pouco
Som oco.
Preciso da letra
da magia que compõe o símbolo
da cadência suave particular
interna
terna.
Cor que transforma noite em dia
O olhar vago que denuncia
o passar de mais e outras
horas sufocantes
Antes
do giro derradeiro
Ponteiro que aponta
à ponta do espelho
o reflexo insatisfeito
Fei[t]o.
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba/MG
14 de março de 2014
21:46h
segunda-feira, 3 de março de 2014
Su-ave
Quero asas
frio na barriga
brisa no rosto
o acelerar do coração...
Redesenhar o passado
- cores livres e encantadas -
sem a solidão da estrada
- culpa da imperfeição
Amarra, autoexclusão...
E se me escapar esse temor
que não volte!
E ainda que eu lhe falte
enterro sua sorte!
Nesse duelo, estagnada.
Como ser forte?!
O corte!
- Fogo cruzado -
Amor e Morte.
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Fernanda de Lima Almada
03 de março de 2014
10:56h
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* http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada
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