sábado, 1 de setembro de 2012

O cerco



















Sinto o gosto amargo do tempo
fitando o cheiro livre do acaso
enquanto bebo o brilho da estrela
através da fumaça que exalo
e vejo em seu desenho a ruína
de cor gelada, fenda mesquinha
em que jorra o sangue do horror
do pesadelo do não dito ao olhar
da pena arrancada a escapar,
do torpor...
...em cena - sopro e pavor.



Fernanda de Lima Almada 

01 de setembro de 2012
22:28h
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