sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Iminência














Linhas mal traçadas
por mãos e olhos frios
em tranças de curtos fios
inertes.

À minha volta
pouca verdade
Sentir é irrealidade 
Jamais a real idade

E ouço
- é louco!
E penso
- É Pouco!!!

Surto e arrepio -
É o saco cheio desse vazio.
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Fernanda de Lima Almada
27 de setembro de 2013
15:06h

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Triste Amanhã
























Letras que brigam
Lado a lado
formam
transformam
inventam
a fantasia do pensamento
que canta -
triste
inerte
impotente -
ainda o desejo do devir-heroína
Além
muito além do que o espelho reflete
Pó encapsulado
Derrotado.

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Fernanda de Lima Almada
25 de setembro de 2013
20:35h

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

TROCA

















Vai
Corre
Convoca
Empresta o que não tem
além da cota
Escuta
Toca
- e autoataca.

Cata o que lhe resta
- oca - 
soca no bolso
taca na cama
- oculta.

Fecha a boca
engole seco
contorna a forca

mas o amanhã cerca
teima
acoberta
Provoca.

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Fernanda de Lima Almada
09 de setembro de 2013
20:32h

domingo, 8 de setembro de 2013

(Meu Des)encanto














Peito que dói.
Suspiro apertado
quente
demente
sentindo o peso do corpo
- vagão de um trem morto
no trilho escuro e sem volta -
brilha sozinha nas noites
e nos dias vence os açoites
com sorriso de força cósmica
que deixa a garganta ácida.

Energia dionisíaca que lhe falta.

Apolínea
hoje chora em companhia.

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Fernanda de Lima Almada

08 de setembro de 2013
20:51h