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Preenche minha solidão
com o aroma em sequencia melódica
cada gota quente e forte
bailando na cadência da fumaça
que engraça qualquer dor ou desgraça
quando obedece meu sopro em fervor
dissipando essa dor do dia
com o brilho de estrelas foscas
em companhia da lua cheia de fendas
que entrega o ápice da dança
de meu tesouro sem prestígio...
Café, minha poesia líquida,
suas palavras em silêncio dizem
que é preciso beber a vida -
Amar e saborear com gosto -
antes que o tempo lhe tire o calor
e na xícara esquecida e inerte
repousem somente frio e amargor.
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 20 de junho de 2014
17:32h
Pintaram minha esperança
e não pude escolher as cores
e esses respingos amargos
Carregaram os sorrisos de mel
o olhar azul do monte...
Brilho da criança
- a doce guardiã
dos sonhos de vidro
com cheiro de amanhã...
E a luz que sussurrava o caminho
definhou com o discurso
- mesquinho -
a palavra que não sai da garganta
e planta
no cerne nevrálgico
a próxima e triste desordem...
do rio que corre trágico
mágico
ao fim da melodia desconcertante
mas que conforta
concernente
Sua última página
livremente...
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 18 de junho de 2014
19:46h
http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada
Sete cordas não tocariam
a intensidade de se ser.
E sete dias não bastariam
o desejo de encontros e viver.
Sete noites não esconderiam
tantas estrelas quanto querer
de força entre nós
Palavras
A sós...
Nesse intervalo humano
sem cor ou expressão
das sete vidas do gato
não reduzindo a um fato
o que não se mede em partilha.
Concede a honra da companhia
tão vazia quanto o ventre
que recusa a ir além.
A quem?
E o vento leva sete anos
nas folhas de um outono frio
às margens rasas do rio
Onde miramos e entregamos...
Por um fio...
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Fernanda de Lima Almada
Uberaba, 04 de junho de 2014
16:38h
http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada