quinta-feira, 19 de abril de 2012

A-COR-DAR





















É cedo.
Salta! Levanta! Acorda?

a corda.


Certifica que seu pescoço 
só exibe brilho do adereço
que traduz em mal começo
a escuridão do corpo colosso
a reinvenção da vida ao contrário
e a saudação do eterno retorno


...fútil, estéril, inútil.


Une os pontos
Fecha as portas


Silêncio. 


O gosto do desejo hoje é amargo
acre. Desejo por ter que desejar.


Vibra com os contornos acinzentados
que se dissipam em segundos no ar


É preciso acordar...
A-COR-DAR.


A-corda.


E há de ser visto como lamento...
Enquanto vívido... é sofrimento.


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                           Fernanda de Lima Almada 
                          19 de abril de 2012
                          21:35h






http://www.recantodasletras.com.br/autores/fernandaalmada

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