Foi sussurro alto no azul com dragão de algodão.
Ele já se mostrara.
Reverenciei seu fogo.
Agradeci.
Era só mais um café na varanda quando ela me chamou.
O sol ensaiava se por
Ela ainda não brilhava.
De súbito,
no lapso humano de um segundo
incontável no tempo celeste,
mastigou calor de sombras
e cuspiu vento com tempestade invisível.
As árvores, serenas, não balançavam entretanto.
Folhas e flores - imóveis - me seguraram
e asseguraram:
Cresce neste tufão! Cresce!
Nem tive tempo de me atentar às crateras
quando fui pensada.
Imagens sobrepostas contra palavras
na desorganização de existirem
soltas
Livres
Sem a obrigação de sentido;
Sentindo
e Sendo
por serem
e para serem
Simplesmente.
Já era despedida durante o cheiro de saber
"Essa decepção é filha daquela gratidão.
E essa tristeza tem também amorosidade.
Pois seu mestre é seu caminho
e seu caminhar entre terra e céu
com abraços úmidos de manhãs passarinheiras".
E num piscar de olhos
o café me bebeu doce
no amargor de existir.
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Fernanda Almada
29 de abril de 2023
✍️📝20:04h
Obrigada, Mãe Lua 🙏🏻
Lunamos crescentes 🌘
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📸 Nikon D5100
🔎 AF Nikkor | 70-300mm (sem Autofoco 🥹💔)
👩🏻💻 PhotoScapeX
📍 Uberaba/MG 🇧🇷 🔺
[Zona Rural] - Cerrado do Triângulo Mineiro
🗓️ 29/04/2023
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