segunda-feira, 26 de setembro de 2022

A terra cura


 
















Quando palavra não organiza
e a imagem resiste no esconderijo do corpo
Mãos vão às sementes,
mudas
Sangue na terra
suor
em honra e sacrifício
na dor malograda de tentar merecer
de reparar fogueiras e hospícios
de tratar feiúras impregnadas de ser
de, por um instante, fazer valer viver.

Somos muitos
Tantos
e tão sós
em promessas de comunidade em harmonia
na ilusão da verdade compartilhada
vivendo o real
Sentindo
cruzando
e sendo atravessados por efeitos
por virtudes e defeitos
de tanto e mais que sequer existem.
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Fernanda Almada
Uberaba/MG
25 de setembro de 2022
23:33h

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