quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

(d)EXISTIR(?!)



























Caminha
E consigo não se corrompe.

"- Ainda consigo!"

Mas sorrindo afável
chora.
Em si
não cala.

Doem já nos pés
cada calo.

É de PSI
COLO
GÔzo!
Amor!

É ALMA DA Flor
com doçura de Lima
Paixão pelo que vem (do) além.

Não suficientes aos que veem...

E ainda que essas gotas soem esperaça à sede
Luzes, de olhos ou relâmpagos,
salvação,
O corpo diz:
"- Hoje chove mais aqui dentro".

Ainda é verão...

Um dia,
ainda verão.

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Fernanda de Lima Almada

Uberaba/MG, 25 de fevereiro de 2015
22:09h













quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

{sobre a saudade de 10 anos sem a vovó}



















É quarta-feira de cinzas
mais cinza que o costume ou que o normal
que não chega triste pelo fim do carnaval
que não traz pesar pelo início de privações
pela quaresma ou quaisquer dessas ilusões.
.
Há 10 anos recebi aquele telefonema
em voz trêmula e gosto de lágrimas.
.
Hoje o dia é sim mais acinzentado
pelo céu nublado e lembrança triste
da dor egoísta e perda do colo
Fim do sorriso e da cumplicidade
do Amor, do carinho e do apego
da vovó que não me faltou um instante.
.
De tudo o que foi aprendido
Daquilo que foi além dos domingos
dos pães de queijo e purês de batata
Dos ciúmes e ditas predileções -
Cada segredo guardado
Cada abraço que permanece em mim
ainda apertado.
.
Vovó está aqui no que pulsa
na fragrância que chega inexplicável
nas flores que colheríamos juntas
Na saudade e certeza do que é imutável.


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Fernanda de Lima Almada
18 de fevereiro de 2015