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O tempo atravessa em silêncio
enquanto escuto as cores de ontem
e sinto o cheiro, na margem opaca,
do amanhã que me aperta a garganta.
Já não vejo a poeira entre os livros
quando abraço o barulho das chaves
e tranco esse horror sutil e podre.
E como é ácida a luz estridente
que ensurdece madrugadas eternas.
Ah... não raras...
Portas pesadas.
Salas vazias.
É meu pulso.
...
Idiosincrasias.
Fernanda de Lima Almada
06 de abril de 2013
21:58h
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