Tanto sol quanto palavras vazias
fervilhando cada novo traço da minha cabeça
Cabeça cansada dos mesmos olhares
das mesmas promessas desse dia.
Dia comum.
Não. O relógio não tem poder e magia.
Não nessa realidade
medíocre e sem encanto.
Coincidência. Olho pro pulso.
Já não me importa que horas são.
Ah... tanta oração.
Desejos e juras
de vida curta.
Bater de asas da borboleta.
Desejos e juras
de memórias efêmeras.
Até quarta-feira.
E o que permanece intacto nesse rodopio de mesmisse?
Sol ardente e palavras vazias sem fim.
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Fernanda de Lima Almada
31 de dezembro de 2012
12:26h
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