quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SensuaVidade


"Pouco adiantou
acender cigarros
falar palavrão
perder a razão.
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém, 
mas sou como os outros
que não são ninguém."
[Perdendo Dentes _ Pato Fu]









Viver utopia ativa em devir criança
Inocência, liberdade, bloco de infância.

Não sou atropelada por um triz.
Tropeço na pedra, na calçada, na raiz...

Ponho o dedo no nariz!
E às vezes até falo de boca cheia...
além de beber aquele caldo gostoso no prato!
Mas a solidão não me chateia.

Não vejo o olhar perverso no ato...
E feito criança perdida
não encontro a saída
do que oprime, reprime e sufoca.

Com ou sem verbo, berram e exigem:
"Conter-se! Reter-se!
Moderar-se! Adaptar-se!"

E sem perceber, não quero contrariar...
nem o contrário...
ou o avesso... ou o inverso...

Um universo contr(a)overso
contra a prosa, a poesia, o sonho, a suavidade...

Não... não sei viver essa realidade...

                                                                      Fernanda
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18:52h
Ouvindo um silêncio triste.


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2 comentários:

  1. "Mas a solidão não me chateia"
    "Ouvindo um silêncio triste"

    Da solidão depende a verdadeira vida. Do silêncio e da solidão. Os poemas de Rilke falam essencialmente disso, essencialmente as elegias de Duíno.

    "Quem, se eu gritar, entre os anjos poderá ouvir-me?"

    ou

    "Dizem que os anjos não sabem se andam
    por entre os vivos ou por entre os mortos.
    A eterna corrente consigo arrasta
    sempre todas as idades,
    através de dois domínios,
    e o seu som a ambos se impõe."

    O som que importa não soa aos ouvidos e a única companhia com quem podemos contar é a nossa mesmo.

    Abraço

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  2. Lindo, Fê, porém triste, dê cor ao seu blog, a sua vida, tudo ficará lindo como você!

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