"Pouco adiantou
acender cigarros
falar palavrão
perder a razão.
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém,
mas sou como os outros
que não são ninguém."
[Perdendo Dentes _ Pato Fu]
Viver utopia ativa em devir criança
Inocência, liberdade, bloco de infância.
Não sou atropelada por um triz.
Tropeço na pedra, na calçada, na raiz...
Ponho o dedo no nariz!
E às vezes até falo de boca cheia...
além de beber aquele caldo gostoso no prato!
Mas a solidão não me chateia.
Não vejo o olhar perverso no ato...
E feito criança perdida
não encontro a saída
do que oprime, reprime e sufoca.
Com ou sem verbo, berram e exigem:
"Conter-se! Reter-se!
Moderar-se! Adaptar-se!"
E sem perceber, não quero contrariar...
nem o contrário...
ou o avesso... ou o inverso...
Um universo contr(a)overso
contra a prosa, a poesia, o sonho, a suavidade...
Não... não sei viver essa realidade...
Fernanda
18:52h
Ouvindo um silêncio triste.
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"Mas a solidão não me chateia"
ResponderExcluir"Ouvindo um silêncio triste"
Da solidão depende a verdadeira vida. Do silêncio e da solidão. Os poemas de Rilke falam essencialmente disso, essencialmente as elegias de Duíno.
"Quem, se eu gritar, entre os anjos poderá ouvir-me?"
ou
"Dizem que os anjos não sabem se andam
por entre os vivos ou por entre os mortos.
A eterna corrente consigo arrasta
sempre todas as idades,
através de dois domínios,
e o seu som a ambos se impõe."
O som que importa não soa aos ouvidos e a única companhia com quem podemos contar é a nossa mesmo.
Abraço
Lindo, Fê, porém triste, dê cor ao seu blog, a sua vida, tudo ficará lindo como você!
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